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quarta-feira, 16 de junho de 2010

Desabafo de uma mulher moderna


Não costumo postar textos de terceiros aqui, mas não resisti dessa vez e abri uma exceção.
Recebi esse texto por e-mail e foi identificação total, eu que já fui "moderna".
Esse é para as meninas!
Desabafo de uma mulher moderna

São 6:20 da manhã...
O despertador canta de galo e eu não tenho forças nem para atirá-lo contra a parede...
Estou tão cansada... não queria ter que trabalhar hoje...
Queria ficar em casa, cozinhando, ouvindo música, cantarolando, até....
Se tivesse filhos, gastaria a manhã brincando com eles, se tivesse cachorro, passeando pelas redondezas...
Aquário? Olhando os peixinhos nadarem...
Se eu tivesse tempo... gostaria de fazer alongamento... Brigadeiro...
Tudo menos sair da cama e ter que engatar uma primeira e colocar o cérebro pra funcionar.

Gostaria de saber quem foi a mentecapta, a infeliz matriz das feministas que teve a estúpida idéia de reivindicar direitos de mulher... queria saber.

POR QUE ela fez isso conosco, que nascemos depois dela?

Estava tudo tão bom no tempo das nossas avós... elas passavam o dia a bordar, trocar receitas com as amigas, ensinando-se mutuamente segredos de molhos e temperos, de remédios caseiros, lendo bons livros das bibliotecas dos maridos, decorando a casa, podando árvores, plantando flores, colhendo legumes das hortas, educando as crianças, freqüentando saraus, ENFIM, a vida era um grande curso de artesanato, medicina alternativa e culinária.

Aí vem uma fulaninha qualquer que não gostava de sutiã nem tão pouco de espartilho, e contamina várias outras rebeldes inconseqüentes com idéias mirabolantes sobre "vamos conquistar o nosso espaço"!!!

Que espaço, minha filha???

Você já tinha a casa inteira, o bairro todo, o mundo aos seus pés.

Detinha o domínio completo sobre os homens, eles dependiam de você para comer, vestir, pra tudo!!! Que raio de direitos requerer?

Agora eles estão aí, são homens todos confusos, que não sabem mais que papéis desempenhar na sociedade, fugindo de nós como o diabo foge da cruz...

Essa brincadeira de vocês acabou nos enchendo de deveres, isso sim. E nos lançando no calabouço da solteirice aguda.

Antigamente, os casamentos duravam para sempre, tripla jornada era coisa do Bernardinho do vôlei - e olhe lá, porque naquela época não existia Bernardinho do vôlei.

POR QUE ???..me digam POR QUE um sexo que tinha tudo do bom e do melhor, que só precisava ser frágil, foi se meter a competir com o macharedo?

Olha o tamanho do bíceps deles, e olha o tamanho do nosso. Tava na cara que isso não ia dar certo!!!

Não agüento mais ser obrigada ao ritual diário de fazer escova, maquiar, passar hidratantes, escolher que roupa vestir, e que sapatos combinar, que acessórios usar... tão cansada de ter que disfarçar meu
humor , que sair sempre correndo, ficar engarrafada, correr risco de ser assaltada, de morrer  atropelada, passar o dia ereta na frente do computador, com o telefone no ouvido, resolvendo problemas que nem são meus!!!

E como se não bastasse, ser fiscalizada e cobrada (até por mim mesma) de estar sempre em forma, sem estrias, depilada, sorridente, cheirosa, com as unhas feitas, sem falar no currículo impecável, recheado de mestrados, doutorados, e especializações.

(ufffffffffffffffffff!!!!!!!). .

Viramos super mulheres e continuamos a ganhar menos do que eles... Não era muito melhor ter ficado fazendo tricô na cadeira de balanço?

CHEGAAAAAAA!!!... eu quero alguém que pague as minhas contas, abra a porta para eu passar, puxe a cadeira para eu sentar, me mande flores com cartões cheios de poesia, faça serenatas na minha janela...ai meu Deus, já são 7:20, tenho que levantar!...

E tem mais, quero alguém que chegue do trabalho, sente no meu sofá, coloque os pés pra cima e diga "meu bem, me traz um cafezinho, por favor?", descobri que nasci para servir.

Vocês pensam que eu to ironizando? To falando sério! Estou abdicando do meu posto de mulher moderna.... Troco pelo de Amélia. Alguém se habilita?

     (Autora: uma Executiva Puta da Vida)!!!!
 


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22 comentários:

  1. Francamente? Sinto falta disso tudo que não tive, especialmente aulas de costura, bordado e culinária. Lia os "Tesouros da Juventude" do meu pai e adorava a seção "Coisas que podemos fazer" para crianças. Englobava artesanato, economia doméstica, tanta coisa útil! Essa meninada "moderna" às vezes nem sabe usar um abridor de lata, fazer uma bainha, fritar um ovo! E não é por falta de iniciativa dos pais pra ensinar, é falta de interesse mesmo! A chamada geração "Y". Que Deus os ajude... Se eu queria todas as comodidades da Amélia? Claro que sim. Só não passar fome ou ter uma dúzia de filhos, aí seria demais da conta, rs.
    Beijos, ótimo texto!

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  2. Muito bom mesmo, serviu pra me dar uma chacoalhada, já que sou dona de casa e as vezes me sinto nadando contra a maré, me sinto mal e até me deprimo por não trabalhar fora, mas não por mim e sim pelo olhar dos outros, ou melhor das outras que me criticam.
    Bjinhos pra vc!!!!!!

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  3. Em Portugal quem está em casa não é valorizada. Enfim....

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  4. Muito legal esse texto. Pena que as mulheres não percebem que ela mudaram a sociedade. os filhos são jogados numa escola para serem "educados" pelos professores, mas que jamais poderão exercer alguma autoridade... o que acontece com esse seres sem limites??? uma pena!! culpa das mulheres que já não cuidam da casa,não apoiam os filhos, nem acompanham suas vidas... beijos!

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  5. Olá Tania
    Adorei esse texto!!!!!
    Bj
    Nilda

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  6. Tânia,

    Me senti totalmente contemplada com o texto.
    As feministas que me desculpem, mas abro mão de toda a responsabilidade da mulher moderna.
    O pior de tudo isso, é que nem foram as mulheres que lutaram e conseguiram tudo isso (nessa hora geralmente sou trucidada) foram manipuladas para agir de acordo com a necessidade do mercado. Em nenhum momento da história a entrada da mulher no mercado de trabalho se guiava por garantir os mesmos espaços e direitos, mas sim pela necessidade de mão de obra barata. Ai que raiva!
    É claro que depois que estavam no mercado, algumas medidas de qualidade de vida no trabalho tiveram ainda que ser conquistadas, mas até hoje sofremos com as diferenças encontradas no trabalho, do tratamento privilegiado ao homem, no respeito diferenciado a este, e no salário, sempre menor. A coisa inverteu de tal forma que hoje temos o "direito" de ficar 4 ou 6 meses com nossos filhos quando eles nascem!!!
    Beijos e desabafei!

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  7. é amiga- nós mulheres temos jeito?
    quando trabalhava num emprego bom adorava, mas detestava o horário rigido(coisa que todos os homens detestam também) , depois tive varios empregos horríveis, e quando tive meu filho, deixei ele numa creche e fui trabalhar, mas estava tão infeliz, ganhando pouco ficando pouco com aquele bebe lindo e carinhoso, que tinha que acordar cedo para ir na creche e pegou sinusite, renite, tudo que é ite - até que eu resolvi , pedir demissão para ficar com ele, virar m~e, dona de casa, prá mim foi dificil, a revolucionaria, feminista, mas fui indo, trablhando em casa, com as vizinhas, vendendo, aprendendo, ensinando, mas nunca completamente feliz, mas acordar e ver teu filho dormindo sem horário para acordar, e ver aquele serzinho lindo acordando e indo direto pro teu colo , dar a mamadeira com ele aconchegado no teu colo, isto não tem preço..pena que tem mulheres que nao podem fazer este "luxo" que eu fiz, e não me arrependo nunca de ter cuidado deles, nao ter sacrificado a vida deles pelos meus ideais,
    mas podia ter um meio termo aí né?
    agora que eles são grandes, não tenho mais idade para competir no mercado , aliás nem quero mais, nem me imagino trabalhando num escritório de novo, e procurando algo que me deixe feliz, mas eu entendo esta mulher, é um saco mesmo tudo isto -
    e naõ poder acordar e ver seu jardim, fazer o que se gosta
    adorei este texto-
    obrigado por ter postado - engoli este texto ,
    bjs

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  8. Olá Tania, valeu a pena postar este desabafo. As vezes tenho vontade, mas não consigo..... tem tudo a ver ....
    Bjs

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  9. Este texto expressa muito bem o que muitas de nós mulheres sentimos.
    Para completar, se a dita cuja que queimou sutiãs não tivesse morrido eu mesma a matava...rs
    Beijo,

    Andreia
    http://universoemcores.blogspot.com

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  10. Oieeeeeeeeeeeee,
    Bom dia !!
    Quero ser solidaria com a Andreia do Universo em cores,porque convenhamos uma mulher que chega ao ponto limite de queimar um sutiã só pode estar comprometida psicologicamente, kkkaaaaa...
    Agora nos ficamos de que jeito???? Trabalha loucamente , cuida da casa ,dos filhos , destes chatos que amamos(maridos , ficantes , amantes , namorados sei láaaa...)e ainda se acham no direito de reclamar da gente !!!!!
    Sorte dela de ter morrido pq eu tb correria atrás dela com um facão na maõ.....
    Bjsssssssssssssssssssssssssss

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  11. afff hoje eu tô assim, só queria ser uma Amelia... tô muito cansada dessa vida moderna tb...

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  12. Oi Tania,

    Eu também tenho dia que quero ser uma Amélia, lavar, passar, cozinhar, tudo bem, menos ter que sair de casa, rs.

    Beijos!

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  13. rsrsrsrsrs
    Ai, Tania...
    Eu adoro esse texto !
    Um amigo me enviou há algum tempo, mas não guardei.
    Foi ótimo ler de novo.
    Eu sinto saudades desse tempo que não vivi, sem dúvidas !
    Seria muito bom poder ficar em casa (cheia de afazeres, mas sem trânsito, sem chefe, sem horários tão rigidos...), mas pelo menos pra mim esse dia deve demorar ainda um pouco pra chegar. rs
    Beijos.

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  14. Tânia engraçado, hoje acordei péssima,mas justamente pelo contrário...Nós mulheres somos inconstantes mesmo...Sabe as vezes cansa ser dona de casa,cuidar dos filhos,do marido,lavar,passar,cozinhar,cuidar dos bichinhos de estimação...e ainda por cima não ser valorizada e ter de escutar palavras que nos magoam..as vezes tenho vontade de chutar o balde...mas fazer o que?
    Compreendo que todas nós muitas vezes estamos exaustas e estressadas,temos compromissos e responsabilidades fora do controle, acho que só tem uma diferença: a mulher que trabalha fora é valorizada e independente financeiramente e nós que ficamos em casa,não temos valor e muitas vezes dependemos do marido...enfim são escolhas que fazemos e temos que tentar felizes.
    Bjs!
    Bjs!

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  15. Sinceramente, esse texto reflete todo o caos q o mundo tem passado, fui criada sem pai nem mãe, meu pai se foi aos 9 e minha mãe virou uma workaholic estressada, se ele soubesse qtos problemas emocionais causou e a custa de qta terapia tive que me libertar.

    Depois de tudo isso, vejo o qto é fundamental o papel de mulher-mãe, tão ou + importante do que quaisquer outros que possamos desempenhar, é p/ isso q viemos ao mundo primeiramente...

    Muito importante esse texto!
    bjs

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  16. Que vontade de ser essa Amélia, hein?!
    Até eu, que sou independente ao extremo, gostaria de uma vidinha dessa...
    Bjão... amei o texto :)

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  17. Tania, amei o texto!
    Já disse tudo!
    Beijos

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  18. Oi Tania razer enorme em conhecê-la, passeando pela net encontrei você...e num dia de inspiração...esse texto é um retrato fiel do que somos e nos tornamos...puxei lá para o meu Blog, com a sua identificação...A Cintia me ajudou a saber seu nome...Adorei seu espaço...estou te seguindo....beijinhos

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  19. Oi Tania,
    Concordo muuuuito com esse texto, sério!
    Tanto concordo que, graças à Deus, tive condições de sair do serviço depois do terceiro filho, prá me dedicar integralmente à família e a casa (além de que, apesar de ter curso superior, inglês e o d...a quatro, ganhava maaaaallll que dava dó,rsrs).
    Eu achava que deveria ser como quando eu era pequena. Minha mãe me buscava na escola, eu almoçava e enquanto ela arrumava a cozinha, eu fazia lição pertinho dela. Era tão boooommmm!!! Consegui fazer isso aqui, e não me arrependo.
    Mas, e sempre tem um mas, como me dei esse direito sem ter muito dinheiro sobrando (só o suficiente para uma vida mais ou menos confortável)não viajamos, não temos roupas descoladas, não fazemos várias coisas, pois o orçamento é daquele jeito, não falta mas não sobra, rsrs
    Aí é que vem o problema: não tenho vida social nenhuma, e depois de vinte anos casada, estou me afundando psicologicamente. Estou me achando nada em lugar nenhum, sem nenhum valorzinho básico, entende?
    As donas de casa, geralmente, vão em academias, fazem curso de patch, curso disso, daquilo, mas eu não posso. Resultado: não tenho amizades e isso faz uma fallllta que nem te conto.
    (isso tá virando um desabafo, me desculpe)
    O que tem me salvado é o blogue. Tenho feito amizades incríveis, que nunca imaginei ter. Na verdade conheci seu cantinho pelo nome dele. Você é inspiração prá mim, pois posso ver que você está se saindo muito bem, vencendo barreiras e passando por cima da depressão. Eu te admiro por isso.
    Mas, sim, é uma delícia ser dona de casa, cuidar do ninho, eu amo isso!
    Beijos e desculpe o desabafo, mas é que eu tava precisando.
    Valéria

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  20. Oi amiga....amei o texto,hoje por incrível que pareça me deu vontade de fazer isso....ou melhor não fazer nada....cansa,ser mulher independente,ser cobrada e ter que cobrar....acordar cedo...detesto...queria ser um pouco mais livre,não ter tantas responsabilidades...bjs.

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  21. Complementando o comentário da Yumi, que viveu a experiencia similar a da mãe que deixa os filhos na creche ou com a empregada para não abandonar a vida de executiva, eu posso dizer que sempre me culpei por não ter voltado a trabalhar fora depois do nascimento dos meus filhos, mas depois que meu terapeuta me disse que a maioria dos "jovens problemas" que frequentavam o consultório dele, eram filhos que não tinham a convivência e dedicação integral da mãe, eu cheguei a conclusão de que fiz a escolha certa! Eu cuidei, lavei, passei, cozinhei, levei pra escola, pro dentista, pro pediatra, pra natação, para o inglês e até pra faculdade eu cheguei a levar! e ainda eu, ensinei, tomei o ponto, corrigi a lição, enfim, participei ativamente da vida deles!! Por isso, quando me perguntam se trabalho, eu digo: estou aposentada por tempo de serviço e ainda tenho direito a 50% de tudo que entra e que fica nesta casa!!
    Ufa! desculpe o desabafo!!!
    bjs Tania!!

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  22. Gente, esse texto rendeu muito mesmo!
    De uma forma ou de outra, todas nos identificamos com essa executiva. Esse desabafo nos lavou a alma!

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